Educação

Ano letivo será maior na rede estadual

Alunos de algumas escolas ficarão nas salas de aula até janeiro de 2017 devido à greve dos professores

Jô Folha -

O ano letivo de 2016 se estenderá até janeiro em algumas escolas da rede estadual. Devido aos 53 dias da greve dos professores, o calendário escolar foi afetado e agora os educandários precisam cumprir os 200 dias letivos exigidos por lei, o que inclui também aulas aos sábados. Em Pelotas, 37 instituições aderiram parcialmente à greve e 18 paralisaram, afetando de diferentes maneiras os 24.412 alunos da rede.

Para recuperar os dias da paralisação - que começou em 16 de maio e foi até 7 de julho, na mais longa greve dos últimos 25 anos - a 5ª Coordenadoria Regional de Educação (5ª CRE) deu autonomia às escolas, a fim de que decidam um novo cronograma ouvindo a comunidade escolar e o conselho de cada instituição.

A maior preocupação foi com os estudantes do 3º ano do Ensino Médio, informa a Assessoria do Departamento Pedagógico da 5ª CRE. Nos dias 5 e 6 de novembro eles devem fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para concorrer a vagas nas universidades federais, no Programa Universidade Para Todos (ProUni) e no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A fim de que não fossem prejudicados na hora de prestar o exame, a Coordenadoria liberou aulas aos sábados.

Para os educandários que estenderão as aulas até janeiro, o transporte dos alunos também está garantido, enfatiza a 5ª CRE. Isso tranquiliza os alunos da escola Monsenhor Queiroz, que ficarão nas salas de aula até 13 de janeiro - o previsto era entrar em férias no dia 20 de dezembro.

Incerteza
A viagem de família já tinha sido programada, conta Laísa Silveira, 16, estudante do 2º ano do Ensino Médio do Assis Brasil, que agora pensa em se transferir para uma escola particular, a fim de não sofrer mais com as greves. A colega Camila Valdi, 16, levanta outro problema: o Programa de Avaliação da Vida Escolar (Pave) da UFPel se aproxima e ela sente-se despreparada para fazer a prova, nos dias 19 e 20 de novembro.

Como será
- Na Escola Dom João Braga, onde só 20% dos professores aderiram à paralisação, as aulas terminarão em 30 de dezembro, dez dias a mais do que o previsto no início de 2016. Segundo a direção da escola, que possui em torno de mil alunos, alguns finais de semana estão sendo utilizados também. 

- Na Escola Cassiano do Nascimento, que possui 80 professores e 1,3 mil alunos, onde o máximo de adesão à greve foi de 70%, os estudantes terão aulas todos os sábados, sem exceção, até janeiro de 2017, quando deve ter fim o ano letivo.

- O mesmo ocorre no Instituto Assis Brasil, em que os 1,9 mil estudantes e os 119 professores seguirão na escola até o 13º dia de 2017, sem contar o período de recuperações. Os feriadões também foram cortados, conta a coordenadora pedagógica Sílvia Ferreira da Cruz. Para recuperar os 47 dias parados, a Assis Brasil tem aulas nos turnos da manhã e da tarde, além de aulões específicos para os alunos que prestarão o Enem, aos sábados.

 

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